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Fim da Época!!
As necessidades de invernagem variam de acordo com o tipo, tamanho e utilização que cada barco vai ter entre épocas. Na maioria dos casos são um conjunto de tarefas simples, algumas das quais podem ser feitas pelos próprios proprietários. Neste post vamos prestar mais atenção às embarcações que vão ser armazenadas em terra, como pneumáticos e lanchas a motor.
Aproveitamos para incluir um link de cada produto a utilizar, para a página correspondente no nosso site.
O exterior do casco, sobretudo as obras vivas, devem ser lavadas à pressão para remover os restos de anti-vegetativo, incrustações, algas ou outras sujidades. Uma vez lavado e seco, é a oportunidade para verificar se há necessidade de retoques (como uma passagem com
massa de polir para tirar pequenos riscos, ou uma de mão de
gelcoat naquelas fracturas “teia de aranha) ou outras reparações mais profundas.
Colchões, capas etc devem ser lavadas fora, mas postas a secar nos seus lugares para evitar que encolham e se deformem.
As zonas do motor e do depósito devem ser muito bem lavadas com um detergente próprio, para garantir que não há gorduras, que são inflamáveis, e um risco de incêndio.
No caso dos pneumáticos, para além de uma boa lavagem com água doce e detergente; aproveite a lavagem para verificar se há fugas de ar ou a necessidade de alguma colagem, antes de colocar uma cera protectora nos flutuadores, que para além de hidratar a tela (seja PVC ou Hypalon), facilita lavagens posteriores, ao criar uma barreira entre a tela e os elementos externos, que dificulta a deposição de pó ou outras sujidades.
Relativamente à manutenção do motor, comece por colocar o motor a funcionar em água doce; os “auscultadores” trabalham nas tomadas de água laterais da coluna, mas motores mais recentes podem ter o seu próprio sistema de refrigeração.
Não se esqueça de acabar com a gasolina no sistema de alimentação, especialmente nos motores a dois tempos ou de carburadores, pois durante o Inverno a gasolina vai evaporar-se, e ficam os resíduos do óleo e outras gorduras.
Os zincos são fundamentais para evitar a corrosão por electrólise; verifique-os, e caso já se encontrem muito gastos, a sua substituição é muito fácil, na maioria dos casos é só desapertar o parafuso que os prende à coluna.
A(s) vela(s) são o elemento do motor que mais se deteriora em contacto com o ambiente marítimo. Com um spray adequado lubrifique a rosca antes de começar a desapertar. Uma vez retirada a vela, verifique o seu estado, caso precise de uma limpeza, use uma escova de arame, e depois sopre para retirar as poeiras. Antes de voltar a colocar a vela, coloque um pouco de óleo lubrificante no orifício dos cilindros; assim, quando voltar a usar o motor este não está a trabalhar ferro contra ferro e previne o aparecimento de pontos de corrosão nas camisas dos cilindros. A mudança de óleo e a lubrificação da coluna deve ser feita de acordo com as horas de funcionamento prevista pelo fabricante, ou anualmente. Os óleos usados devem ser sempre encaminhados para a reciclagem.
Proceder à mudança de óleo e ignorar a substituição dos filtros é uma situação corrente. Contudo, não mudar os filtros de óleo reduz a eficácia da lubrificação do óleo novo, seja por não limpar eventuais impurezas que se venham a verificar, bem como por limitar o fluxo da circulação do óleo dados o interior do elemento já se encontrar saturado com as partículas que retirou anteriormente, criando um entrave à boa circulação.
O depósito de combustível também merece a nossa atenção. Na eventualidade de ainda ter combustível, recomendamos a utilização de um estabilizador para a gasolina, ou um biocida para o gasóleo para evitar a contaminação do combustível.
Frequentemente negligenciados, mas extremamente importantes, são os impulsores (ou impellers). Estas peças providenciam a circulação da água para o arrefecimento do motor, e são fundamentais para garantir o seu bom funcionamento. Com o tempo as palas vão se degradando e deformando, diminuindo a sua capacidade de puxar e fazer a circulação da água. A sua substituição devem ser realizada de acordo com as horas previstas pelo fabricante do motor, ou bi-anualmente. Motores que estiverem parados por largos períodos sem funcionar, podem ter a borracha dos impulsores ressequidas, pelo que também devem ser verificadas e substituídas.
Nos motores interiores algumas destas operações são mais complicadas pois os acessos são mais apertados.
Obviamente cada um terá de ver quais são os cuidados adicionais que cada barco precisa e em caso de dúvida, consulte uma das várias empresas que prestam este tipo serviços.
Programe as várias tarefas com tempo, evite deixar para a última a marcação das revisões, do espaço de armazenagem, e não se esqueça que a palamenta também precisa de manutenção, mas isso é um tópico para outro post.
EM CASO DE LITÍGIO O CONSUMIDOR PODE RECORRER AO CENTRO DE ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO DE LISBOA (CENTROARBITRAGEMLISBOA.PT). MAIS INFORMAÇÕES EM PORTAL DO CONSUMIDOR WWW.CONSUMIDOR.PT
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